pesquisa artística,
pesquisa etnográfica
e antropologia visual

[pesquisa]

Tanto Gabi Rudnick quanto Ivan Gomes são pesquisadores. Gabi foca suas pesquisas no cultivo agroecológico e, sobretudo, em suas criações no ateliê de cerâmica, desde 2020. Ivan atua como pesquisador vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 2015.

A experiência de ambos influencia diretamente a diversidade de atividades desenvolvidas na Estufa, uma vez que as habilidades em pesquisa são indispensáveis para sua realização.

Além disso, a pesquisa envolve mais do que apenas investigação teórica. Faz parte da caixa de ferramentas do pesquisador a capacidade de identificar processos, imaginar possibilidades, captar políticas de incentivo, escrever projetos e executá-los de maneira satisfatória. Por isso, reconhecemos a pesquisa como um componente vital para a existência e o desenvolvimento da Cerâmica na Estufa e de seus projetos.

Pesquisa e criação poética na cerâmica

A pesquisa de Gabi voltada à criação poética e plástica de suas peças ocorre em múltiplos suportes:

Viagens de campo e vivências artísticas, explorando referências e técnicas em diferentes contextos culturais.

Pesquisas de campo, com caminhadas pela paisagem da Estufa, onde busca inspiração para suas peças.

Experimentação com materiais coletados, testando texturas e composições naturais.

Pesquisa bibliográfica, com consulta a livros sobre cerâmica, esmaltação e história da arte.

Pesquisa acadêmica e etnografia

A pesquisa de Ivan acontece no âmbito acadêmico, por meio do seu vínculo com o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC. Ele concluiu o mestrado (2019-2020) e está atualmente no doutorado (desde 2022).

Sua pesquisa antropológica busca produzir uma etnografia — um tipo de relato que descreve práticas, hábitos, percepções e relações culturais. Esse tipo de descrição tem múltiplos propósitos, entre eles:

Lembrar que existem diversas maneiras de perceber e viver o mundo, ou seja, que não há uma única forma correta de existência, e que, por isso, devemos exercitar nossa capacidade de conviver com a diferença.

Valorizar a diversidade de modos de vida, reconhecendo que é justamente dessa pluralidade que surgem as mais ricas experiências humanas, expressas em visões de mundo e práticas culturais únicas.

De forma mais objetiva, a pesquisa de Ivan Gomes busca produzir uma etnografia focada nas relações entre infraestruturas e paisagens multiespécies no contexto das mudanças climáticas. Seu campo de pesquisa é multissituado, ou seja, ocorre em diferentes locais, incluindo:

Santa Catarina (Brasil): Barra Velha, Joinville, Jaraguá do Sul, Três Barras.

Paraná (Brasil): Piên.

Japão: Osaka.

Além das habilidades práticas adquiridas ao longo de sua trajetória como pesquisador — como elaboração, gestão, escrita e apresentação de projetos —, a experiência em pesquisa de paisagens multiespécies influencia diretamente o manejo da paisagem na Estufa.

A pesquisa como parte invisível da Estufa

A união das habilidades de pesquisa de Gabi e Ivan não é imediatamente perceptível para quem visita a Cerâmica na Estufa. No entanto, se destacamos a pesquisa como parte essencial do projeto, é porque queremos chamar atenção para esse aspecto: toda a materialidade dos projetos da Estufa só se manifesta dessa forma devido a essas habilidades, que podem ser pouco visíveis, mas exigem trabalho intenso por parte de seus realizadores.